sábado, 27 de fevereiro de 2010

Diário sobre a máscara



Reflexões Pessoais



15/11/09
“As pessoas estão sempre a falar acerca de liberdade. Liberdade para viver de uma certa forma, sem ser incomodado. É claro que quanto mais se vive de uma determinada forma, menos se parece com liberdade. Eu… eu posso mudar no decorrer de um dia. Eu acordo e sou uma pessoa, e quando vou dormir à noite de certeza que sou outra qualquer. Não sei quem sou na maior parte do tempo.”

Em I’m Not There, de Todd Haynes.
Tradução: Mariana Queiroga

18/11/2009
Quando eu era pequenina, tinha um amigo que, se lhe pedisse como deve ser, até brincava às bonecas comigo. Gostava imenso da sua companhia, e podíamos estar horas a brincar e a falar que eu nem reparava no tempo a passar. Infelizmente, os meus momentos de diversão com ele eram raríssimos (e talvez fosse essa a razão da minha enorme estima pelos mesmos), porque bastava os seus outros amigos chegarem e ele esquecia-se completamente de mim e já nem me falava.
Já não o vejo desde o segundo ano, e ainda hoje não sei se era para mim que ele vestia a máscara ou para os seus amigos. Talvez vestisse para ambos.


20/12/2009
A integração social é uma das necessidades básicas do Homem. Sentir-se aceite dentro de um certo grupo é algo que todos buscamos ao longo das nossas vidas, quer essa aceitação aconteça por sermos diferentes ou iguais. No fundo, não nos mascaramos para nós próprios, mascaramo-nos para os outros. A máscara passa a ser meramente um meio de obter aceitação.
Também deve levar-se em conta que, até uma certa altura da vida (geralmente até ao fim da adolescência, porém varia conforme as situações), poucas pessoas têm uma definição concreta daquilo que são, do seu eu legítimo. Podem ter conceitos vagos e soltos, mas sem nenhum elo conciso entre eles. Nestes casos, a máscara pode ser uma ferramenta que auxilia na auto descoberta. Ao vestir máscaras diferentes, experimenta-se “papéis” diferentes e realidades desconhecidas. As vezes, uma máscara desfaz-se lentamente debaixo da outra, até que uma das máscaras esteja integrada à personalidade original do indivíduo.

21/12/2009
O objectivo principal do Homem é alcançar a felicidade. Felicidade é um conceito relativo, pois pode ter significados diferentes de acordo com o ponto de vista de cada um. Para uns, felicidade pode significar sucesso profissional, prosperidade, poder, segurança financeira etc. Para outros, é estabilidade emocional, uma boa estrutura familiar, riqueza espiritual, ou um grande ciclo de amizades. Mas de forma geral, a felicidade é um estado de plenitude, a junção da satisfação em todas as áreas da vida, um conforto interior e com a sua situação actual.
Mas como pode uma pessoa que utiliza de artifícios como a máscara ser feliz? Como pode se sentir confortável consigo própria e com o ambiente que a rodeia se nem sequer está à vontade para ser ela própria? Aquele que se mascara nega a realidade até um certo ponto, e a felicidade é justamente uma aceitação da realidade e satisfação com a mesma (não digo que para ser-se feliz é preciso estar satisfeito com, digamos, os problemas de violência no mundo que são de facto uma realidade, mas é necessário estar satisfeito no que diz respeito à sua própria posição no mundo).
E a propósito, como pode alguém estar confortável com o meio em que vive sem ter a certeza de que as pessoas à sua volta, aquelas que ajudam a fazer dela uma pessoa feliz, são autênticas? Receio que nunca possamos ter essa certeza. Mesmo que afirmem que à nossa frente, não vestem máscaras, não temos forma de saber se as suas próprias palavras estão mascaradas.


Conclusão

A Máscara Hoje
Uma colagem de Máscaras

As pessoas mascaram-se; Cada uma possui a sua razão especial de esconder, negar ou acentuar. É difícil conhecer os motivos, tanto os nossos quanto os das outras pessoas. Mais difícil ainda é expor as nossas razões, não só por uma questão de vergonha, mas também porque grande parte dos sentimentos que pesam dentro de nós e nos levam a esconder o nosso “eu” mais íntimo perdem-se na transição do corpo para o papel.
Dentre toda essa complexidade, parecemos ter uma tendência, e até uma certa facilidade em identificar as máscaras alheias. Ou no mínimo, a crer de antemão que as pessoas se escondem atrás de boas maneiras e regras de adequação social. E talvez até seja a mais pura verdade, talvez todos nós utilizemos o mesmo artifício para nos integrarmos (ou em alguns casos, destacarmos) na multidão: a máscara. Mas se assim for, porque levamos tão pouco tempo a apontar a máscara dos outros sem antes mesmo pararmos para reflectir sobre a nossa?
Para variar, pensemos nas nossas próprias máscaras. Ao identificá-las, torna-se mais fácil perceber porque as colocamos em primeiro lugar, e ao mesmo tempo, a aproximação da “verdade” escondida por trás delas aterroriza-nos. Às vezes, até desconhecemos esse nosso lado oculto, ou já nos tenhamos esquecido dele, abandonando-o e recusando-o como uma parte de nós. Espreitamos por uma fenda qualquer, e nos deparamos… com o quê? O nosso eu.
E é em nós que vemos como somos realmente, é no eu que jaz a verdade absoluta sobre o nosso ser. Ao depararmo-nos com o eu, encolhido e reprimido debaixo da máscara, sentimos logo uma necessidade de rotulá-lo. É manhoso, é austero, é singelo, é feio, é estranho, é bonito, é agradável, é vibrante. É aquilo que lhe “encaixa” melhor e já está. Antes mesmo de retiramos a máscara, encobrimos o que somos com outros véus.
Todos os atributos que utilizamos na nossa caracterização são por si só pequenas máscaras. Estamos escondidos atrás de pequenos conceitos verbalizados, envolvidos neles de tal forma que passamos a acreditar que de facto somos aquilo. Obviamente que precisamos nomear cada coisa; A timidez, a mansidão, a delicadeza ou a vivacidade, ferocidade e dureza. Mas será que não somos muito mais do que qualquer um desses nomes? Não somos uma característica, somos aquilo que caracterizamos. As características “trabalham” a nosso favor (ou contra nós), não ao contrário. “Tímida” nunca pode ser “eu”, mas Eu posso ser tímida a qualquer hora do dia, ou pelo menos agir como tal.
Então a que conclusão chegamos? Nunca seremos capazes de encontrar a verdade sobre nós próprios? Não se sabe. Talvez tenhamos a verdade mesmo debaixo dos nossos narizes, e talvez a mesma esteja a anos Luz de distância. O que se sabe é que, na busca pela verdade, alcançamos apenas fragmentos da mesma, aproximações do real. O mais próximo que podemos chegar de nós próprios é, afinal, uma máscara.
Quem somos nós? Uma máscara. Ou talvez sejamos mais do que uma. Quem nos diz que não podemos ser mais do que uma máscara? E quem nos diz que temos de decidir ser uma máscara, e nos resignarmos a ela ao longo de todos os dias da nossa vida? Talvez essa máscara “permanente” seja aquela que nos afasta mais da verdade do que as outras máscaras que vestimos e despimos e somos ao longo do dia. A junção de todas essas máscaras menores pode não resultar numa “figura” uniforme, mas cobre cada aspecto do eu, e não o sufoca, mas deixa pequenas fendas entre uma máscara e outra.
Se olharmos de perto, é muito mais fácil ver e interpretar a expressão de uma única máscara, que nos acompanha diariamente até ao nosso último dia de vida. Mas quando vistas de uma certa distância, a junção de todas aquelas pequenas máscaras, cada uma com a sua cor, textura e expressão, pode acabar por formar um retrato muito mais acurado da nossa própria face.




Trabalho realizado por Mariana Queiroga

Um comentário:

  1. La falsa reapertura es economizar por los McCann para seguír alimentando su bolsa y publicidad. Con tantas mentiras que han dicho los McCanes en la confesión caerían en sus propias redes, es imposible que pudiera dar ninguna orden de reabrir el caso porque seria la perdición del pederasta y de kate como complice de asesinato, mas su curita del alma que jamas levantarían sospecha para desacérse del cuerpo de Madeleine cementerio, todo esto ocurre por las incompetencias gubernativas de ambos países este caso se esta llevando con inmadurez y corrupción porque la decisión no debía de ser tomada por los McCann, sí por el gobierno que es de su competencia, entonces si que estas gentes entre comillas estarian en comisaria ahora mismo, y en 48 horas estarían listos para ser llevados a prisión. Porque aún todavía liarían más las cosas se contra decían con lo dicho puesto que ellos mismos se contra decían en el interrogatorio anterior ahora sería una bicoca para la policía y ellos no se van a someter a ese interrogatorio jamas, con que esta noticia de reabrir el caso es otra méntira los McCann quieren seguír con la bicoca y que con las contribuciones del pueblo seguir esplotando las cincuentenas de casos falsos entregados por la policía lusa para su propaganda y esplotación...
    Copyright ©,.Miembro de la Organización Internacional de Derechos humanos...
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    FIRMADO:POR UN MEDIÚM-VIDENTE


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    !!!!!!!!!!!!De Donde Sacan La Inocencia kate y Gerry MCcann¡¡¡¡¡¡¡¡¡¡¡¡¡ !!!Que pinta Remenber en este asesinato y las demostraciones de retratos robot""" PROTAGONISMO y LUCRO"""¡¡¡ !!!OPeración task está en un blog que és Remenber el propietario ¡¡¡ !!!El significado de operacion task proviene de la policia de leicestershire¡¡¡ !!! Qué pinta Remenber con operación task en su blog ¡¡¡ !!!ESTAN DEMASIADO AL CORRIENTE DE LOS PASOS DE LA POLICIA EL PORTAVOZ DE LOS MCCANNN¡¡¡ !!! QUE PASA QUE LOS ASESINOS ES EL MUNDO Y LOS CULPABLES SON INECENTES¡¡¡ !!!Que pinta Remenber en este asesinato¡¡¡ . !!!Porque un portavoz¡¡¡ !!! y portavoz de que¡¡¡ Lo que estan haciendo es poner al corriente de las investigaciones al portavoz de los MCcann. Remenber angel de la muerte, Este señor no pinta nada entre las investigaciones de los MCcnann y la voz que puede aportar es el deseo absoluto de los MCcann las investigaciones operacion task tienen que estar muy lejos del alcance de este trio opracion task es un fraude y Máfia organizada corrupción...
    !!!!!!!De adonde sacan los corruptos, la inocencia de los MCcann el sargento de scotland yard según dijo, le da la inmunidad nacional para no presentarse los MCcann en el juicio de Amaral ex-jefe de la policía lusa. Cuanto tubo que pagar Los MCcann para escuchar semejante burrada considerando que ellos son los asesino entre otras cosas.!!!!!!!"RENÚNCIA DEL CARGO Y DEL CUERPO EL PUESTO DE SARGENTO SE LE HACE MUY GRANDE" ¡¡¡¡¡¡¡

    Caso Madeleine McCann - Los McCann solo gastaron el 13,3% del Fondo Madeleine para encontrar a su hija.Visto bueno y despiste de los MCcann cara al mundo y crear fondos...
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    "UNA PISTA EL CURA ES LA PIEZA FUNDAMENTAL PARA SABER DEL CUERPO DE MAGGDÍE LA TERCERA PERSONA EN COLABORACION CON LOS MCCANN CEMENTERIO"

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