quarta-feira, 2 de dezembro de 2009

domingo, 29 de novembro de 2009

Reportagem


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Carta de gato para gato

Londres, Janeiro de 1866
Dinah Liddell
Cesto de Vime, ao pé da Lareira
Sala de estar, casa da Alice

Caro gato de Cheshire,
Há aproximadamente um mês a minha estimadíssima dona, Alice, chegou a casa mergulhada numa agitação sem igual. Ora, nada de muito extraordinário para uma criança tão cheia de vida como ela, mas imagine a minha indignação ao reparar que ela não parava de falar a respeito de um estranhíssimo “gato sorridente” que conhecera naquela tarde. Durante um mês inteiro esteve a tagarelar sobre si.
Fique o senhor a saber que eu sou uma gata persa, de raça puríssima! O meu pêlo cor de marfim, tão brilhante e macio como a seda, é elogiado por todos os que vêm cá a casa. Também os meus ricos olhos azuis, reluzentes como duas safiras, chamam imenso a atenção, principalmente à noite, quando contrastam com a escuridão da cidade… é como se eu brilhasse tanto quanto (ou até mais) a própria Lua! As vezes, até acho que a mesma tem inveja da minha beleza. Para além disso, tenho umas garras perfeitamente limpas e bem aparadas, mas atenção! Ainda sei utilizá-las em minha defesa.
Creio que esta breve descrição tenha sido suficiente para lhe dar uma pequena noção das minhas inúmeras qualidades, e para que fique a saber que não é capaz de competir com a minha pessoa.

Com os meus melhores cumprimentos,



Dinah Liddell




Trabalho realizado por:
Mariana Marques, nº 16, 10ºA

Carta de Alice


Queridos Pais,
Sei que devem estar um pouco preocupados comigo, pois nem sequer vos consegui avisar,;desapareci de repente sem prever o que me ia acontecer.
Quando estava com a mana no jardim senti-me aborrecida e decidi ir atrás de um coelho. De repente, sem saber como, cai num buraco e vim dar a um lugar lindo e especial mesmo debaixo do jardim. É como uma cidade encantada com jardins magníficos, animais e até tem um grande lago. Eu estou bem, tenho comido a horas e dormido o suficiente, mas o meu vestido rompeu-se durante a viagem.
Tenho conhecido amigos novos, coelhos, ratos, lagartas etc., e vivido situações muito especiais, com as quais tenho aprendido muito.
Estou cheia de saudades vossas. Logo que consiga sair daqui vou ter com vocês e conto-vos as minhas aventuras.
 Beijinhos,
 Alice.

                                                                                   Beatriz Barradas 10ºB

terça-feira, 17 de novembro de 2009

Notícia

Quem viu a Alice?
Haverá um mundo do outro lado?

No passado dia 2 de Novembro, Alice foi dada como desaparecida enquanto ouvia uma história contada pela sua irmã mais velha.
Apenas se sabe que Alice desapareceu após ter avistado um Coelho Branco.
Rapto, sequestro, homicídio ou um simples desaparecimento temporário são questões que ainda estão no ar.
Os pais solicitaram ajuda à polícia e a todos os que puderem colaborar na busca de sua filha.
Depois da investigação policial, até agora, concluiu-se que o rasto de Alice termina num pequeno buraco que se assemelha à toca de um coelho.
Haverá um mundo do outro lado do buraco? É algo que só se pode apurar após uma investigação mais detalhada.
Este é um caso cujo desfecho está por desvendar.


Marta Dias Coelho
10ºA nº17

UNIDADE DIDÁCTICA SOBRE O TEXTO BIOGRÁFICO E AUTOBIOGRÁFICO


“Ao ouvir isto, o Rato deu meia volta e recomeçou a nadar lentamente na direcção de Alice. Estava lívido («com a comoção»”, pensou Alice) e disse, com uma tremura na voz:
- Vamos para a margem. Vou contar-te a minha história e compreenderás porque não gosto de cães nem de gatos.”


Inspirando-te neste excerto de Alice no País das Maravilhas cria um texto, à tua escolha:

A . Já velhinho, à lareira, o Rato escreve as suas memórias de quando conheceu Alice.
B - Alice escreve a biografia deste Rato que conheceu no País das Maravilhas.
C - O Rato conta uma Memória da sua Viagem ao País das Maravilhas.
D – Ciumento, o Gato de Alice escreve ao Gato de Cheshire fazendo o seu auto-retrato.
E - Do País das Maravilhas Alice escreve uma carta aos pais.
F - Os pais enviam um email à sua filha que está no País das Maravilhas.
G - Uma página do Diário de um dos animais que também se encontravam na poça.

(Mínimo: 300 palavras)

No teu manual, procura entre as pp 81 e 126, os modelos formais para os textos que vais escrever.
Bom trabalho! Professora Risoleta

sábado, 14 de novembro de 2009

Crítica Musical a partir do episódio da canção da Falsa Tartaruga, de ALICE...

1ª CRÍTICA

O espectáculo da falsa tartaruga é provavelmente um dos espectáculos mais polémicos do ano.
Com bilheteira esgotada, esta ovípara é considerada uma das melhores vozes actuais de sua geração. Com um grande talento para as notas agudas e um grande ouvido para a música, compôs o seu primeiro espectáculo em apenas dois anos.
Acompanhada por grandes músicos como o Coelho Cartola e a Raposa Felicidade, esta é uma fantástica junção de talentos naturais.
Com uma grande encenação, melodia e uma das melhores vozes actuais, este espectáculo é, sem dúvida, inesquecível. 

2ª CRÍTICA


     Deu-se no dia um de Novembro, o espectáculo da falsa tartaruga.
Representada através de uma encenação vulgar, esta era muito bonita para os olhos, mas não para os ouvidos, tendo uma voz que não passava da primeira fila.
Com uma melodia que, para além de aborrecida, era acompanhada por músicos inexperientes, parecia mais uma música da nova sensação pop.
Os seus bilhetes, demasiado caros para o espectáculo.



Joana Domingues, Inês Carmo, Diana Vozone, Mariana Stichini




quarta-feira, 11 de novembro de 2009

Crónica


Notícia

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Mariana Queiroga e Sara

Crónica

Crónicas

O Mundo a seus Pés.

     Sempre com o mundo a seus pés! Sempre servida, nunca servindo. Sempre por cima, nunca por baixo. Aquele ar forte, insolente e arrogante... "Salve nossa Rainha!". Quem ousa desobedecer a uma ordem? (nunca a um pedido!) Quem ousa desafiar a autoridade de vossa excelência? Quem ousa ficar sem cabeça?! Ninguém!
    Quem será a rainha dos nossos dias?!
    Temos alguma Alice dentro de nós ?!

    Obviamente! Grande parte da nossa vida é assim, não passa disto. Mal nascemos obrigaram-nos a respirar, até nos bateram para o fazer.

    A vida vai passando e as obrigações continuando. Todos temos uma rainha nas nossas vidas, de um modo ou de outro, há sempre o que manda e o que é mandado. A única solução é puxar para o nosso lado Alice e saber cortar a cabeça à prepotência de uma maneira mais "soft".

Uma Rainha de Copa Invertida
    Aparece insolentemente, como por um acto de magia e o céu esconde-se por detrás das nuvens.
Sempre prepotente ao seu universo, dando ordens a tudo o que vive.

    Nunca desejada.
    O medo propaga-se e acobarda-os.

    Rainha de copas, coração de pedra, alma vidrada do mais escuro sentimento. Os espinhos da sua coroa possuem a mais profunda maldade da simplicidade. Rainha, rainha, a copa seria teu lema se tua coroa de diamantes tivesse reluzindo uma verdade pura da envolvente missão de amar.

    Máscara tua, que esconde a verdadeira imagem que o teu espelho reflecte. Máscara que criaste para tua protecção como símbolo de profunda fraqueza. Não consegues ter a ousadia e a coragem de tirar essa máscara, fechas-te em copas temendo que a tua autoridade se desmorne como um castelo de cartas com um simples sopro.

    Rainha, acredito que no teu íntimo interior tens uma Alice dentro de ti, todos nós temos uma, e há que saber utiliza-la.
A vida é pouca e vai correndo, e tu, a cortar corações inocentes.
Mas um dia cairás, cairás em pleno sofrimento, porque virá uma espada da mão mais surpreendente e sincera e cortar-te-á o coração.

    Mas quem somos nós para julgar tal rainha? No fundo, todos nós temos uma copa invertida. Sabe-nos bem, por vezes, ter as coisas ao nosso jeito. Sabe-nos bem sentirmo-nos poderosos perante algo.

Lúcia e Catarina


O processo de preparação do trabalho (apontamentos da pesquisa, tal como fora pedido):
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Notícia


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domingo, 25 de outubro de 2009

Janus ou a máscara: poema de Margarida Morgado

 Publicado com a sua autorização.


Janus

Desde que ousei aprender o teu nome
a máscara que te pus caiu em estilhaços

quem não conheço nem me é alguém

conhecer é nomear
é chamar-te pelo nome
é começar a desvendar teu próprio rosto
feito de silêncios e tensões
                            e mágoas
                                e escutas
                                    e sorrisos

nomeá-lo é criar o nós que somos
sem o qual o eu nem sequer existe
aprender o teu nome é aprender um pouco mais de mim

trágicos são os fazedores de máscaras
que usam de sedução
para esconder o seu próprio rosto
e o vendem feito judas
aos que o seu não ousam revelar

Margarida Morgado,  Évora, 14 de Outubro de 2009

Fazer clique sobre a imagem, para ver melhor:

quarta-feira, 14 de outubro de 2009

O EU E A MÁSCARA

"[...] Será que me modifiquei durante a noite? [...] Tenho a impressão de que me lembro de sentir-me um pouco diferente. Mas se não sou a mesma, quem sou eu afinal? Ah, esse é o grande quebra-cabeças! [...]"
in
Alice no País das Maravilhas

O uso da máscara é recuado como a história da humanidade. Já na mitologia a encontramos. É o caso do Deus Janus, que usa uma máscara na parte anterior e outra na parte posterior do rosto.
É daí que vem o nome do mês de Janeiro, Janus, o deus da Porta de entrada, um rosto olha o passado, outro olha o futuro.
O presente é sem máscara.



Também no teatro grego a "persona" representava o estado anímico da personagem representada.



A história da máscara é longa e rica.
Vamos abreviar.
Hoje, a máscara é ainda usada no carnaval e noutras ocasiões festivas, como em certos bailes. Continua a ser usada no teatro e nalguns espectáculos, como a dança.
Mas há outro tipo de máscara, aquela que se cola ao corpo e que de tão colada, por vezes, se confunde com a pele. Pode ter várias camadas. Retirada uma máscara, outra se descobre e assim sucessivamente como as peles da cebola. Quanto mais medo, mais máscara.
A máscara é uma espécie de escudo com que os seres humanos se apresentam perante aquilo que por vezes lhes parece uma ameaça: a vida; e um perigo: os outros. Mas tudo se torna ainda mais grave quando nem de si para consigo deixam de usar a máscara.
É nesse momento que o ser se encontra totalmente perdido, porque nem a si se reconhece.
Quando há a coragem de retirar (ou, pelo menos, identificar) as várias máscaras que nos pesam sobre a pele, o que está por baixo por vezes é doloroso, mas esconde a luz. É preciso coragem para atravessar essa dor, porque a luz do verdadeiro ser está lá ansiando por ser reconhecida e ver-se a si própria, e ver ela própria... a luz do dia.
A luz aspira pela luz.
Por isso vos pedi para escreverem, na primeira aula, sobre "O eu e a máscara". Apenas um primeiro passo. Revelou-se nalguns casos tímido, noutros mais ousado, noutros ainda muito... mascarado. Cada um na medida das suas forças e do seu olhar. Tudo tem um tempo. Mas é preciso começar.

Esta é uma introdução a um trabalho de investigação individual que gostaria que fizesses, sobre um dos seguintes temas:

A- A máscara ao longo dos tempos
B- A máscara hoje
C- A Máscara em Alice no País das Maravilhas

Escolhes apenas um dos tópicos, o trabalho deve ser iniciado hoje, todos os passos, meditações descobertas, ideias, registos, etc, são anotados num bloco que deve andar sempre contigo e ser trazido para a aula (posso pedi-lo em qualquer altura), não aceito copy-paste da internet, mas são admitidas citações devidamente identificadas, reflexões tuas (muitas) e conclusões.
Pode ser ilustrado com desenho ou fotografia (teus).
A avaliação incide não apenas sobre o produto, mas também sobre o processo.
Tendo em conta que se trata da disciplina de Português, o aspecto mais valorizado será, sem dúvida, o texto (o TEU texto: pessoal, criativo, crítico, reflexivo, original) e o equilíbrio entre os vários elementos.
O texto pode assumir várias formas: informativo, narrativo, dramático (no sentido de teatral ou em diálogo) descritivo e poético/lírico.
O título é o tópico acima por ti escolhido, mas deves dar-lhe um subtítulo teu.
No final, toda a bibliografia, sites e outras fontes consultadas devem constar.
A data de apresentação é o início do 2º período. Não haverá adiamentos.
Darei em breve informações adicionais sobre estes trabalhos, mas podes e deves começar já.

Propostas de trabalho para as próximas aulas:



Articulando:
1. A história de Alice...
2. A unidade didáctica sobre a Comunicação Social

proponho aos meus alunos:

A criação dos seguntes textos dentro dos géneros jornalísticos:

A- Após o desaparecimento de Alice, o caso é sabido no jornal local, que publica a notícia que tu vais elaborar. (Recorda, com a ajuda do manual, as regras para a elaboração de uma notícia. Faz uma pesquisa sobre notícias em vários jornais, escolhe as mais isentas e bem elaboradas, de acordo com as regras jornalísticas).

B- Após o reaparecimento de Alice, um grande semanário nacional envia um jornalista para a entrevistar. Esse/essa jornalista és tu. (Lê as entrevistas do manual, a informação sobre o que se entende por entrevista e procura bons modelos em jornais de qualidade. Procura também alguns exemplos que não te pareçam dignos de confiança e compara.)

C- Ainda durante o período de desaparecimento, um jornalista é enviado para fazer uma reportagem. Inexplicavelmente, consegue dar com a toca do coelho e a reportagem assume aspectos que ele/a nem sonhara. O repórter és tu. Vais basear-te na história, mas dando-lhe o cunho jornalístico de reportagem. (O que é uma reportagem? Como se faz uma reportagem? Faz uma pesquisa sobre os vários modelos, lê e estuda os exemplos do manual e o que lá se diz sobre este género).

D- Um(a) escritor(a) redige uma crónica sobre este assunto. (O que é uma crónica? Lê as crónicas do manual, procura outros exemplos no livro Alice no País das Maravilhas e elabora a tua crónica a partir de um excerto do livro.

E- Um crítico musical escreve uma crítica sobre a canção da Falsa Tartaruga. Informa-te sobre crítica musical no manual e fazendo uma pesquisa em jornais e revistas. Adapta o que aprendeste ao excerto do livro em que a Falsa Tartaruga canta uma canção. Imagina que estiveste lá como espectador e crítico de música.


EStes trabalhos serão elaborados a pares, preparados nos dias que se seguem (estudo, recolha, leituras), concluídos na aula do dia 2 de Novembro e apresentados à turma na aula seguinte dessa mesma semana.
O trabalho deve incluir não apenas o produto final, mas deverá ter, como anexos, todos os materiais prévios que usaram, assim como uma descrição das etapas por que passaram até à elaboração final.

quarta-feira, 7 de outubro de 2009

O tempo?




O Coelho de Dacosta

"Mas, no preciso momento em que o Coelho tirou um relógio do bolso do colete, olhou para ele e começou a correr mais depressa."
CARROLL, Lewis. Alice no País das Maravilhas

terça-feira, 6 de outubro de 2009

Porquê este blogue?

Para apoiar e divulgar os trabalhos a desenvolver no âmbito do Projecto Alice no País das Maravilhas.
É um projecto para ir crescendo convosco ao longo do ano. Com o vosso empenho, entusiasmo e originalidade. E o apoio dos professores. Porque queremos que cresçam com Alice, que cresçam em sentido crítico, em capacidade de análise e de síntese, em criatividade, em sentido de humor, em rigor. Em espírito de cooperação e ajuda. Em aumento da vossa auto-estima, sentimento de solidariedade e desejo de aprender sempre mais. Na capacidade de aprenderem a observar-se a vós mesmos e a serem pacientes para convosco e com os outros, mas sem negligência. Que cresçam também na capacidade de aceitação das vossas diferenças e no estímulo das vossas qualidades.
"De que tamanho queres ser?", pergunta a Lagarta a Alice, perguntamos-te nós. Por fora podes continuar a medir 1.60m ou 1.70m ou mesmo 1.80m, mas por dentro podes crescer até à Lua, até às Estrelas, até ao Sol, até ao infinito.
Alice nos País das Maravilhas, que não é, ao contrário do que se tem pensado, um livro infantil, lança-te (lança-nos) imensos desafios. Um deles é sobre se queres ficar rente ao chão como uma lagarta, ou erguer-te no ar como um pássaro. Podes escolher uma coisa e outra, não há limites para o que quiseres ser. Nem o céu te limita. Apenas tu poderás limitar-te a ti próprio/a. De que tamanho queres ser?
E afinal: Quem és tu?
"Mas se não sou a mesma, quem sou eu afinal? Ah, esse grande quebra-cabeças!"
É para esta maravilhosa aventura na literatura e no conhecimento que te convidamos.
Para entrares, apenas tens de comer um bocadinho do bolo. É simples!
Risoleta

"De que tamanho queres ser?"

"- De que tamanho queres ser?
- Oh, não tenho preferência - apressou-se a responder Alice. - O que gostava era de não mudar de tamanho tantas vezes, sabe?"
in Alice no País das Maravilhas , de Lewis Carroll