quinta-feira, 27 de maio de 2010

Crítica do Filme "Alice no País das Maravilhas"

Alice no País das Maravilhas, do realizador Tim Burton, leva-nos a um outro mundo, deslumbrante, cheio de fauna e flora, repleto das personagens mais doces, loucas e inesquecíveis, não esquecendo que o 3D enaltece ainda mais a beleza dos cenários e a espectacularidade da película. Nesta versão de Burton, Alice (Mia Wasikowska) encontra-se nos últimos anos da sua adolescência, estando por isso a passar por uma fase em que procura um rumo, uma identidade própria e segura e onde a dúvida predomina no seu quotidiano.

A visita que ela fez ao Reino das Maravilhas, enquanto criança não passava agora de simples “flashback”. Depois de perder o pai, Alice vê-se confrontada com a obrigação de arranjar um bom partido, um Lorde inglês, que não ama. Impulsionada pela mãe e restantes familiares a aceitar o pedido de casamento, sente-se perdida e decide fugir para o jardim onde a festa de noivado deveria decorrer.

É ali que volta a deparar-se com o pequeno coelho branco e, sem hesitar, decide persegui-lo até uma toca escura e profunda. Após a queda na toca do coelho, Alice vai regressar ao Reino das Maravilhas para, aos poucos, descobrir que este está muito diferente desde a última vez que o havia visitado. Agora, a Rainha Vermelha (Bonham Carter) aterrorizava o povo de forma impiedosa.

Regressada a um mundo do qual não se lembra, Alice encontra no Chapeleiro Louco (Johnny Depp) uma verdadeira, pura e confiante amizade que lhe dá coragem para enfrentar o ameaçador dragão da Rainha Vermelha a fim de derrotá-la, devolver a coroa à amável e bondosa Rainha Branca (Hathaway) e assim devolver a paz e a prosperidade a este autêntico mundo encantado.

Porém, apesar deste mundo fascinante a que Burton deu vida e, que nos cativou, a qualidade do argumento não nos satisfaz, perdendo força e interesse, pelas cenas demasiado previsíveis.

O seguimento que o realizador dá à história de Lewis Carroll é demasiado denso e dá-nos as respostas às questões, quando podia deixá-las a pairar no ar.

Sendo assim, atribuo três estrelas e meia ao filme.

Daniela Rosa

10ºC nº8


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