quarta-feira, 11 de novembro de 2009

Crónica

Crónicas

O Mundo a seus Pés.

     Sempre com o mundo a seus pés! Sempre servida, nunca servindo. Sempre por cima, nunca por baixo. Aquele ar forte, insolente e arrogante... "Salve nossa Rainha!". Quem ousa desobedecer a uma ordem? (nunca a um pedido!) Quem ousa desafiar a autoridade de vossa excelência? Quem ousa ficar sem cabeça?! Ninguém!
    Quem será a rainha dos nossos dias?!
    Temos alguma Alice dentro de nós ?!

    Obviamente! Grande parte da nossa vida é assim, não passa disto. Mal nascemos obrigaram-nos a respirar, até nos bateram para o fazer.

    A vida vai passando e as obrigações continuando. Todos temos uma rainha nas nossas vidas, de um modo ou de outro, há sempre o que manda e o que é mandado. A única solução é puxar para o nosso lado Alice e saber cortar a cabeça à prepotência de uma maneira mais "soft".

Uma Rainha de Copa Invertida
    Aparece insolentemente, como por um acto de magia e o céu esconde-se por detrás das nuvens.
Sempre prepotente ao seu universo, dando ordens a tudo o que vive.

    Nunca desejada.
    O medo propaga-se e acobarda-os.

    Rainha de copas, coração de pedra, alma vidrada do mais escuro sentimento. Os espinhos da sua coroa possuem a mais profunda maldade da simplicidade. Rainha, rainha, a copa seria teu lema se tua coroa de diamantes tivesse reluzindo uma verdade pura da envolvente missão de amar.

    Máscara tua, que esconde a verdadeira imagem que o teu espelho reflecte. Máscara que criaste para tua protecção como símbolo de profunda fraqueza. Não consegues ter a ousadia e a coragem de tirar essa máscara, fechas-te em copas temendo que a tua autoridade se desmorne como um castelo de cartas com um simples sopro.

    Rainha, acredito que no teu íntimo interior tens uma Alice dentro de ti, todos nós temos uma, e há que saber utiliza-la.
A vida é pouca e vai correndo, e tu, a cortar corações inocentes.
Mas um dia cairás, cairás em pleno sofrimento, porque virá uma espada da mão mais surpreendente e sincera e cortar-te-á o coração.

    Mas quem somos nós para julgar tal rainha? No fundo, todos nós temos uma copa invertida. Sabe-nos bem, por vezes, ter as coisas ao nosso jeito. Sabe-nos bem sentirmo-nos poderosos perante algo.

Lúcia e Catarina


O processo de preparação do trabalho (apontamentos da pesquisa, tal como fora pedido):
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