Londres, Janeiro de 1866
Dinah Liddell
Cesto de Vime, ao pé da Lareira
Sala de estar, casa da Alice
Caro gato de Cheshire,
Há aproximadamente um mês a minha estimadíssima dona, Alice, chegou a casa mergulhada numa agitação sem igual. Ora, nada de muito extraordinário para uma criança tão cheia de vida como ela, mas imagine a minha indignação ao reparar que ela não parava de falar a respeito de um estranhíssimo “gato sorridente” que conhecera naquela tarde. Durante um mês inteiro esteve a tagarelar sobre si.
Fique o senhor a saber que eu sou uma gata persa, de raça puríssima! O meu pêlo cor de marfim, tão brilhante e macio como a seda, é elogiado por todos os que vêm cá a casa. Também os meus ricos olhos azuis, reluzentes como duas safiras, chamam imenso a atenção, principalmente à noite, quando contrastam com a escuridão da cidade… é como se eu brilhasse tanto quanto (ou até mais) a própria Lua! As vezes, até acho que a mesma tem inveja da minha beleza. Para além disso, tenho umas garras perfeitamente limpas e bem aparadas, mas atenção! Ainda sei utilizá-las em minha defesa.
Creio que esta breve descrição tenha sido suficiente para lhe dar uma pequena noção das minhas inúmeras qualidades, e para que fique a saber que não é capaz de competir com a minha pessoa.
Com os meus melhores cumprimentos,
Dinah Liddell
Trabalho realizado por:
Mariana Marques, nº 16, 10ºA
domingo, 29 de novembro de 2009
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