domingo, 29 de novembro de 2009

Carta de gato para gato

Londres, Janeiro de 1866
Dinah Liddell
Cesto de Vime, ao pé da Lareira
Sala de estar, casa da Alice

Caro gato de Cheshire,
Há aproximadamente um mês a minha estimadíssima dona, Alice, chegou a casa mergulhada numa agitação sem igual. Ora, nada de muito extraordinário para uma criança tão cheia de vida como ela, mas imagine a minha indignação ao reparar que ela não parava de falar a respeito de um estranhíssimo “gato sorridente” que conhecera naquela tarde. Durante um mês inteiro esteve a tagarelar sobre si.
Fique o senhor a saber que eu sou uma gata persa, de raça puríssima! O meu pêlo cor de marfim, tão brilhante e macio como a seda, é elogiado por todos os que vêm cá a casa. Também os meus ricos olhos azuis, reluzentes como duas safiras, chamam imenso a atenção, principalmente à noite, quando contrastam com a escuridão da cidade… é como se eu brilhasse tanto quanto (ou até mais) a própria Lua! As vezes, até acho que a mesma tem inveja da minha beleza. Para além disso, tenho umas garras perfeitamente limpas e bem aparadas, mas atenção! Ainda sei utilizá-las em minha defesa.
Creio que esta breve descrição tenha sido suficiente para lhe dar uma pequena noção das minhas inúmeras qualidades, e para que fique a saber que não é capaz de competir com a minha pessoa.

Com os meus melhores cumprimentos,



Dinah Liddell




Trabalho realizado por:
Mariana Marques, nº 16, 10ºA

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